segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Como usar sabiamente o dinheiro

“Quanto à coleta para o santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade…”(1 Co 16.1,2)
A responsabilidade social da igreja não pode ser dissociada da sua teologia do mundo porvindouro. Em 1 Coríntios 16.1-4, o apóstolo trata do uso do dinheiro na questão da assistência aos pobres. Depois de subir às alturas excelsas, onde mostrou com clareza as glórias da esperança cristã, falando da ressurreição dos mortos e da vitória sobre a morte, o apóstolo termina sua carta voltando à realidade do aqui e agora, convocando s crentes a abrirem o coração e o bolso para a assistência aos necessitados. Vamos analisar o texto:
 1. O compromisso com a ação social (1Co 16.1) – Paulo não está falando aqui de dízimo nem de contribuição para os cofres da igreja, mas está falando de uma oferta para atender as pessoas pobres da igreja de Jerusalém. Não é uma campanha para aumentar o orçamento da igreja, nem para suprir as despesas da igreja, mas um socorro a pessoas necessitadas da Judeia. O princípio de Paulo é que os cristãos devem doar a outras pessoas.
2. O compromisso de socorrer os aflitos (1Co 16.1) – A região da Judeia, onde estava Jerusalém, passara por uma grande fome (At 11.27-28), e, como consequência, muitos foram levados à pobreza. Além do mais, com o martírio de Estêvão, começou a perseguição aos cristãos, o que fez muitos crentes abandonarem a cidade (At 8.1-4). A igreja de Antioquia já havia enviado uma ajuda financeira aos cristãos pobres da igreja de Jerusalém (At 11.29,30). Oito anos antes de escrever 1 Coríntios, Paulo tinha se comprometido com os apóstolos Pedro, Tiago e João, os líderes da igreja de Jerusalém, que faria algo pelos pobres (Gl 2.10) Paulo estava comprometido não apenas a pregar o evangelho, mas também a assistir aos pobres. Evangelização e ação social precisam andar juntas. Paulo entendia que as igrejas gentílicas deviam abençoar financeiramente as igrejas de Jerusalém pelos benefícios espirituais recebidos dela (Rm 15.25-27). Paulo escreveu 2 Coríntios, mais ou menos um ano depois de 1 Coríntios. Ele dá testemunho de que esse projeto de levantamento de ofertas para a igreja pobre de Jerusalém tinha sido um sucesso (2 Co 8.2-4). Dois anos depois, quando ele fez um apelo à igreja de Roma, inclui Corinto (Acaia) como um bom exemplo (Rm 15.26).
 3. O compromisso de contribuir segundo o padrão de Deus (1 Co 16.2) – O apóstolo oferece-nos vários princípios sobre a contribuição que merecem destaque:
 Primeiro, o cristão deve doar a pessoas que não fazem parte da sua igreja. Seja na visão evangelística, seja na visão da ação social, a motivação básica deve ser ajudar outros. A igreja não vive só para si mesma. Egoísmo financeiro é um sinal de mundanismo. Uma igreja missionária é uma igreja solidária. Quem são os outros aqui? Os irmãos da igreja de Jerusalém. A bíblia nos mostra as prioridades da contribuição (Gl 6.10; 1Tm 5.8).
 Segundo, as necessidades devem ser divulgadas.A primeira orientação é que as necessidades devem ser divulgadas de maneira clara e precisa. Paulo não teve receio de contar aos coríntios que ele precisava de dinheiro e para quê. Paulo não é apenas direto, mas também autoritário: “como ordenei às igrejas da Galácia” (Gl 16.1). ofertar para causas cristãs de valor é uma obrigação cristã tal como ir à igreja, orar ou ser fiel à esposa. Pastores que ficam constrangidos em pedir dinheiro à igreja para causas justas não estão fundamentados na verdade de que é mais bem-aventurado dar que receber (At 20.35). uma igreja que dispõe de recursos financeiros tem também responsabilidade de ajudar os pobres.
 Terceiro, dar é um ato de adoração. Cada membro da igreja deveria vir ao culto de domingo preparado para contribuir para atender à necessidade dos santos pobres. É triste quando os crentes ofertam apenas como dever, e não como um sacrifício agradável a Deus (Fp 4.18). dar é um ato de adoração ao Salvador ressurreto.
 Quarto, a contribuição sistemática deve ser estimulada. Paulo propôs planos funcionais para que a igreja de Corinto pudesse ser mais efetiva na contribuição: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa…” (1Co 16.2). Isso significa separar regularmente o dinheiro para a oferta. Se não formos sistemáticos na contribuição, dificilmente contribuiremos. Se esperarmos sobrar, é bem provável que não o façamos. Se fôssemos tão sistemáticos na contribuição como somos nos nossos investimentos, a obra de Deus prosperaria muito mais.
 Quinto, a contribuição deve ser pessoal e individual. O apóstolo Paulo diz: “… cada um de vós…” (1Co 16.2). ele esperava que cada membro da igreja participasse da oferta, tanto os ricos como os pobres. Todos os crentes devem participar dessa graça de dar aos pobres.
Que Deus nos desperte para contribuirmos segundo a nossa renda, a fim de que a nossa renda não seja de acordo com a nossa contribuição!
 ::HERDANDES DIAS LOPES - lagoinha.com

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