“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” ( Isaías 9.6)
Para muitas pessoas até mesmo cristãs, entender a unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é algo difícil, foge à sua compreensão racional. E isso é admissível em se tratando do nosso entendimento, já que somos apenas seres humanos, criados segundo a vontade da Trindade Santa que diz: “[...] Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança [...]”(Gn 1.26), e que desde o início demonstra a sua incontestável integração tanto no ser, como no querer e agir.
Somos, portanto, criaturas de Deus, tivemos um princípio onde Ele soprou sobre o primeiro homem o fôlego de vida, e assim sendo, tudo começou para nós (Gn 2.7). Diferente, entretanto, do grande “Eu Sou”! (Ex 3.13, 14), Aquele que nem o céu dos céus pode conter (1 Reis 8.27). Aleluia!
Ao meditarmos sobre a concepção de Jesus, percebemos que a mesma em muito se difere da nossa. E isso, para que compreendamos a Sua natureza singular: Divina e também Humana (Fp 2.6-8). Afirmar que Jesus é Deus, não é colocá-Lo no lugar do Pai, mas simplesmente reconhecer a divina origem Dele.
Se compreendemos que o que nasce de um casal de animais é outro animal, e que da união de um homem e uma mulher, surge outro ser humano, por que então não podemos entender que Jesus, sempre foi o Deus Filho e que só se tornou homem, “o Filho do homem” (Mt 8.6; 9.20), por causa do plano de redenção? “Antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.” (Fp 2.7, 8)
Em nenhum momento Jesus quis ser maior que o Pai. Ao contrário, em todo o tempo desejava glorificá-Lo, sendo sempre obediente e submisso. E é tão perfeita e bela a unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que contemplamos que quando exaltamos a um, estamos também glorificando ao outro “[...] para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp 2:10, 11). Observamos ainda essa verdade sobre a unidade entre Eles, quando vemos Jesus ordenar aos discípulos em Mt 28.19: “Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” Glória a Deus por tão perfeita harmonia e que nós seres humanos, aprendamos a contemplá-la! Como disse o Senhor certa vez, “errais, não conhecendo as Escrituras [...]”(Mt 22.29).
Não estamos aqui querendo provar nada a ninguém porque a Palavra de Deus fala por si só. Porém, o que nos entristece, é sabermos que as pessoas cristãs deste século se preocupam com tantas coisas, se envolvem em tantos “negócios desta vida” (2Tm 2.4) que não resta-lhes tempo para ler e aprender com as Escrituras Sagradas. Ficam agitadas como Marta de um lado para o outro e esquecem que Maria sim, foi aprovada pelo Senhor, quando preferiu reter o seu tempo ouvindo os Seus ensinos (Lc 10.41, 42). E o que acho pior, é que depois esses mesmos irmãos, temem reconhecer que Jesus é Deus e afirmam que nunca leram isso na Bíblia.
É preciso se voltar mais para a Palavra de Deus. Pedir ao Senhor, ao Santo Espírito que nos ensine, que ministre aos nossos corações. Essa é a vontade de Deus para as nossas vidas, a busca pela Santa presença dele. É preciso agirmos como nos clama o Senhor sobre o conhecimento da Palavra no livro de Deuteronômio 11.19: “E ensiná-las-ei a vossos filhos, falando delas sentado em vossas casas e andando pelo caminho, ao deitar-vos e ao levantar-vos.” Somente dessa forma, experimentaremos aquilo que o Senhor Jesus falou: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8.32). Que verdade? A Palavra. E de que nos libertará? Do engano em que podemos cair, quando não a conhecemos verdadeiramente.
Que possamos reconhecer Jesus como Ele é. Aquele sobre quem o apóstolo João inicia o seu evangelho descrevendo: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1.1) E que não temamos adorá-Lo, pois Jesus afirma: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30). E o próprio Pai testifica: “[...]Este é o meu Filho amado; a ele ouvi.” (Mc 9.7)
Confessemos, portanto, ao Filho, com a certeza de que assim o fazendo, estaremos de igual modo reconhecendo ao nosso Deus e Pai, pois como nos afirma a Palavra: “Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai.” (1Jo 2.23)
Que o Senhor nos abençoe e fortaleça a nossa fé.
“Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1Jo 5.20)
:: Por Ana Lúcia Lemos
analucia_fk@yahoo.com.br
3º IPB do Recanto das Emas – DF
Fonte: Portal Lagoinha.com
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