É inexplicável o amor que brota no coração de uma mulher, no momento em que descobre que esta grávida. Como amar assim, tão apaixonadamente, um ser que ainda não conhecemos e nem sequer sabemos se é menino ou menina? Parece que esta é só a primeira de muitas outras perguntas que virão e talvez ficarão pra sempre sem resposta.
Depois vêm outros tantos desafios. Cada fase traz os seus e, às vezes, acumulativos. Como segurar alguém tão frágil e pequeno? Como trocar as fraldas? O que fazer com as terríveis cólicas? Como entender o prazer de acordar de madrugada, apesar de estar quase desmaiando de sono? Como fazer a criança comer inhame, beterraba e até abobrinha? Como ensiná-la que os colegas da escola fazem algumas brincadeiras chatas, mas que no fundo eles gostam dela.
Ah, ser mãe. Quantos desafios, principalmente nos dias de hoje. À medida que os filhos crescem vamos ficando com saudades destas primeiras perguntas. Essas questões não deixam de ser desafiadoras, mas existem outras ainda maiores.

A mulher de hoje, que tem que cuidar da casa, do marido, trabalhar fora, exercer um ministério na sua comunidade, ajudar o próximo, dar atenção para os pais, parentes e, ainda, para a sogra. Muitas vezes sem o marido, ela tem que trabalhar dobrado para pagar as contas – quer oferecer o melhor para os filhos, e ainda se culpa por não ter com eles, o tempo que gostaria.

E ai? Como manter o equilíbrio emocional diante de tantas tarefas, cobranças e necessidades? Como ajudá-los na difícil época do vestibular, na escolha da profissão, quando começa o namoro e até a chegada do casamento? Como mantê-los longe das atrações do “mundo”, do pecado? Como ser para eles, exemplo de mulher íntegra, honesta, sincera, amiga, compreensiva, presente? Como inspirá-los a querer andar pelo caminho da verdade, mantendo um pulso firme, corrigindo seus erros, sem perder a sensibilidade e ainda atraí-los à presença de Deus?
Tenho certeza que estes são nossos principais desafios e como você, eu também me preocupo e tento ser várias para dar conta. Mas para todas essas perguntas, tenho encontrado respostas no exemplo que minha mãe me deu ao longo desses anos e principalmente, na palavra de Deus.
Vejo como Deus é tão maravilhoso e eterno. Na Sua eternidade, Ele já sabia, já via como seriam as mulheres do século XXI e já deixou uma descrição dessa mulher em Provérbios 31.10-31. Aquela mulher desempenhava muitas funções e não tinha computadores, máquinas disto e daquilo, telefones, enfim nenhuma tecnologia a seu favor. Mas ela tinha o que em todo o tempo sempre esteve disponível a todas nós, e que é a fonte, a causa, a raiz, o motivo, a razão dela e de nós podermos ser e fazer tudo isso: o temor do Senhor.


O versículo 31 nos diz que a beleza e a formosura são enganosas, mas essa mulher, que teme ao Senhor, sim, ela será louvada. “Seus filhos levantam-se e a chamam feliz, bem aventurada” (v.28). Apesar de todos os desafios que temos e dos que ainda virão, de toda correria, esforço dobrado e vigilância redobrada, o privilégio, o prazer e a alegria de ser mãe, são indescritíveis, incomparáveis e inimagináveis!

Amo ser mãe e procuro ser para as minhas filhas, exemplo de mulher apaixonada por Jesus e pelas pessoas. E andar com elas no Caminho, ensinando-as a amar, temer e obedecer a Deus, acima de todas as coisas. Com toda certeza, assim elas serão felizes e abençoadas e também serão, no tempo e na vontade de Deus, mulheres sábias, que edificam sua casa, seu marido e seus filhos.
Oro pra que o nosso lindo Deus nos ajude, nos fortaleça e nos abençoe para que possamos ver se cumprir em nós o Salmo 128. Eu creio que ainda verei os filhos de minhas filhas e a paz sobre Israel!

Fonte:
:: Márcia Resende
Pastora e apresentadora do programa Sempre Feliz na Rede Super de Televisão