Um dos maiores desafios que tenho é fazer as pessoas compreenderem as coisas que creio que Deus fala comigo. Ao compartilhar uma revelação ou experiência de fé, muitas vezes somos mal interpretados. E se não vigiarmos, seremos feridos e morrerá a semente que o Espírito Santo em nós lançou.

É importante confessar fraquezas (Tg 5.16). E válido receber conselhos (Pv 11.14). Todavia, é imprescindível identificar aquilo que deve ser mantido entre nós e o Senhor. “Quem guarda a sua boca guarda a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando.” (Pv 13.3)

Vencer a ansiedade deve ser um alvo diário. A ansiedade nos leva a falar coisas erradas, na hora errada e com as pessoas erradas. Não podemos ser tão dependentes da aprovação humana. Não faz bem lançar muita expectativa na reação das pessoas ao que compartilhamos, fazendo desse retorno um padrão de análise.

Você tem um sonho? Tem planos? Recebeu uma palavra profética ou revelada que parece ter um significado muito íntimo? Antes de abrir este bocão, pare tudo, respire, conte até pelo menos 50 e ore: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.” (Salmos 141.3)

Nosso Deus quer ter uma caminhada sólida conosco. Ele quer que aprendamos a confiar totalmente nele. Para experimentar o cuidado de um Deus Eterno, algumas vezes, é preciso renegar o impulso de buscar refúgio nos homens, cujas posturas são variáveis.

Lembro-me de como me pesavam as cobranças por engravidar, os comentários sobre meus derrotados tratamentos de fertilidade, as piadinhas que pareciam uma inocente brincadeira, porém, me dilaceravam. Lembro de ter dito que se pudesse voltar no tempo jamais teria contado que estava tentando engravidar.

Quando nos abrimos demais, nos expomos às opiniões de pessoas que não torcem sinceramente por nós. E isso é real, acredite! Pessoas bem próximas podem ser mordidas pelo bichinho da inveja (Sl 55.12-14) e nos dar falsos bons conselhos! Nossa guerra não é contra estas pessoas (Ef 6.12). Mesmo por que neste caso a culpa é do nosso bocão. Acorde! Vide o exemplo de José. Ele “teve um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais” (Gn 37.5). Ele é um perfeito exemplo do mal humano que podemos receber ao escancarar o que Deus semeia pessoalmente em nós.

Quando nos apressamos em falar, apresentamos rascunhos e atraímos críticas que não aconteceriam se trabalhássemos melhor nossas ideias até que se tornassem obras completas. Lembro-me da transfiguração de Jesus (Mt 17.2; Mc 9.2 e Lc 9.29). Em nenhuma referência encontramos os discípulos tagarelando o que eles viram no monte. Eles “protegeram” a visão! E no tempo certo gerações passaram a ser tocadas por aquela experiência tão especial por meio dos evangelhos. “Tudo fez formoso em seu tempo.” (Ec 3. 11)
E é tão gostoso quando este mistério penetra em nosso entendimento! Posso testemunhar que venho contemplando a fidelidade do Senhor em todas as situações angustiantes que tenho escolhido entregar somente a Ele em oração.

O mesmo Ele quer fazer em sua vida. Escolha entregar tudo em Suas mãos.
Somente em Suas mãos.
Carinhosamente em Cristo,
 ::Thais Monteiro Brum

Fonte: Lagoinha.com